18 de Abril de 2010. Promessas do Agrupamento 581.
Estava estranhamente inquieta, mais preocupada com o Salmo que teria de cantar do que propriamente com a Promessa. E sinceramente, quando olhei para mim com o lenço vermelho ao pescoço, pensei 'isto não fica nada bem'.
Ainda não sei se sou Caminheira com letra maiúscula. Acho que não é a cor do lenço que diz se o somos ou não, mas tudo o que sou devo-o essencialmente a uma única pessoa. Tudo o que fiz até agora foi por ela e por mais ninguém. No momento em que passei para a IV secção senti que, para ela, era uma esperança e, senti uma enorme responsabilidade, não só por mim e no meu progresso enquanto escuteira, mas por ela. Inacreditavalmente, apenas um lenço vermelho e um lenço azul conseguiram juntar uma Região inteira. Admiro-a imenso por durante estes últimos anos ter sido a pessoa mais persistente e com força de vontade. Quis que ela tivesse o que já não tinha há algum tempo: um Clã. Por isso, naquele dia, não fazia sentido que quem estivesse a pousar a mão no meu ombro direito fosse outra pessoa senão ela.
És CAMINHEIRA, Beatriz Nunes.