quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

ARCa 07


E como não podemos tar parados muito tempo, lá fomos nós, no dia 17, rumo a Castelo Branco, pa participarmos no ARCa - Actividade Regional de Caminheiros.

Eramos 4.

Chegando a CB, ficámos à espera do pessoal. Já em actividade, fomos para o comboio com destino para algures (porque não sabiamos onde iriamos parar).
Chegamos a Penamacor.
Durante a tarde de dia 17 fomos recebendo mensagens sobre a história de um cavaleiro, fomos divididos em equipas e, cada um de nós, começou a construção do seu próprio elmo. Mais à tarde fomos para a Biblioteca fazer ateliers com crianças: máscaras de gesso, bolas de malabarismo, diablos, swings, kiwidos, moldagem de balões... Foi uma experiência engraçada.
Já ia a tarde no fim quando fomos até à Camara Municipal visitar uma exposição de caricaturas e de seguida fomos fazer uma visita guiada pelo museu de Penamacor.
De noite, apresentamo-nos uns aos outros e tomamos a ceia regional.

No domingo de manhã, continuamos a construção do nosso elmo e de seguida fomos até a vila de Penamacor assistir e animar a Eucaristia.
De tarde, partimos para um hike em equipa desde Penamacor até à localidade de Aranhas (eh eh).
Podemos observar a beleza natural da zona, bastante diferente do nosso Alentejo.
A caminhada serviu para nos conhecermos melhor e para nos envolvermos bastante na mística da actividade.
Em Aranhas, ficamos numa casa, e de noite , fizemos uma caça ao tesouro pelos 5 quartos da casa, neste caso, uma caça à mensagem. Sim, porque fomos, um a um, apenas com a luz de uma mini-vela, a cada um dos quartos à procura da mensagem.

Na segunda feira, vimos e alguns de nós poderam exprimentar fazer queijo de mistura (cabra e de ovelha), vimos fazer pão, fomos visitar um tear, ouvimos duas senhoras que fazem parte do Rancho Folclorico de Aranhas cantaram e tocarem adufe. Depois fomos até a casa de um tio-avô de alguém, que faz umas boas bebidas.
Provamos Tiborna (axo q é algo parecido com isto) que é pão com azeite e açucar. (a minha mãe diz que aqui pelo Alentejo isso tb é minimamente conhecido, mas prontos, eu sou inculta).
Depois descemos até aos limites da localidade para tirarmos uma foto de grupo juntamente com a placa a dizer "Freguesia de Aranhas".
De noite cada equipa fez uma apresentação de umas quantas mensagens. Para no fim todos ficarmos a entender a historia do cavaleiro.

Terça feira, fica apenas a limpeza e a despedida.
~
Foram 350km q axo que valeram a pena. É sempre bom sair da nossa região, ter com pessoas que têm a mesma sede por caminheirismo que nós e que mantenham o sorriso no rosto sempre.
Foi bom conhecer todas essas magnificas pessoas de PCB.
O Clã do 581 tem sempre as portas abertas para vós.
Obrigada por mais uma inesquecivel actividade.

Canhota * Bia
PS: Em breve, mais fotos

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

#1


Citação:
"Quantos Caminheiros querem e não conseguem porque os outros à sua volta e só vêm cus sentados."
Quantos? Muitos! Mas menos do que aqueles que tencionam manter o dito no sofá!
É bem melhor.
É bem melhor ouvir a chuva a cair dentro de casa.
É bem melhor sentir o frio deitado na cama.
É bem melhor ter a comida quente, em casa, num fim-de-semana de inverno.
É bem melhor a comodidade.
É bem melhor... Tantas coisas...

Mas será que assim não passarão de "pseudo-caminheiros"?
Será que assim é possivel entender a verdadeira essência do Caminheirismo?

E os outros?
Os que querem.
Aqueles a quem as asas são cortadas.
Aqueles que desesperam.
Aqueles que querem lutar, os que têm garra.
Os que não têm medo do frio.
Os que querem dar mais do que aquilo que têm.
O que acontecerá a esses?

De um dia para o outro, olham para trás, e está na altura de abandonar a IV.
Esses, que tanto queriam ser Caminheiros (mas que perderam as forças para lutar).

Em jeito de desabafo!
Beatriz *

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

S. Paulo, Caminhar para Damasco


Decorreu, no ultimo fim-de-semana mais uma actividade na Região de Beja. Desta vez, dedicada à IV: o S. Paulo, que teve como tema a conversão de S. Paulo.
Junto a paisagens magníficas, em pleno litoral alentejano, juntaram-se uns quantos caminheiros de Beja, e ainda alguns convidados, mais concretamente do Algarve e de Viseu.
A mística e a simbologia que advém do tema da conversão, estava toda presente na actividade que consistiu numa caminhada nocturna e diurna, onde deu para apreciar a beleza do sudoeste alentejano e para nos envolvermos no tema (aqueles que estiveram dispostos a fazê-lo), os textos que nos foram lindos estavam magnificos, principalmente o da chegada a "Roma" (malta, afinal todos os caminhos vão mesmo dar a Roma :D).
É pena que, no final, apenas 3 dos participantes podessem contar as suas aventuras e a maneira de como estavam cansados e todas as trocas e baldrocas que por lá haviam.
Houve também um forum Caminheiro, onde se discutiram vários assuntos sobre o papel da IV no CNE.
O ponto alto foi, sem dúvida, o fogo de reflexão, estava espantoso. Sem palavras, mesmo! (É pa continuar povo!)
Durante a Eucaristia, podemos assistir às investiduras dos três eternos caminheiros, do lençinho verde já nao passam, filhos! =)
Pessoalmente, esta actividade serviu para compreender melhor o caminheirismo e a dimensão da fé e, cada vez mais, me sinto como uma verdadeira caminheira, embora saiba que o caminho a percorrer ainda é grande e com muitas pedrinhas.
Desta actividade, levo a partilha, a inter-ajuda, o crescimento, o acreditar, a força de querer ver o que está para lá da montanha, a certeza de que aqueles que nos rodeiam por vezes não são aqueles que tão sempre lá... E tantas, tantas outras coisas que não se escrevem, que se sentem. Tantas outras trocas, recordações, gestos, momentos, que se forem escritos se perdem. Tantas outras coisas que apenas se sentem. Tantas coisas que são só minhas.
Porque isto é ser Escuteiro: é aprender, é dar, é inexplicavelmente aplicar actos às nossas vidas.
Foi um S. Paulo profundo, sentido.
E contem comigo para todos, porque mesmo que cegue, ainda irei conseguir ver o que está para lá.

Os sonhos, os desejos...

Canhota *
Beatriz
:)